quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Entrevista de Hábitos Literários: Ariel Ayres


Se apresente e nos fale quais gêneros literários gosta de ler.
Bem, meu nome é Ariel Ayres e escrevo desde muito pequeno. Já publiquei dois livros com editoras e um de maneira independente, de maneira digital. Estudo Publicidade e Propaganda e também sou músico, compositor e ator. Quanto aos gêneros, eu diria que sou bastante variado: leio ficção científica, terror, distopia, policial, mas, em sua maioria, fantasia é o que mais povoa minhas estantes.

Quando resolveu escrever um livro quais foram as motivações?
Acho que minha enorme vontade de contar histórias que não seriam contadas de outra forma. Eu comecei a escrever roteiros de cinema, quando tinha uns doze anos, se me recordo bem. Meio exagerado, já sei, mas logo tomei vergonha na cara e parti para os livros propriamente ditos. Acho que se eu não escrevesse eu ia acabar explodindo de tantas ideias, tantos nomes e lugares que acabo criando diariamente.

Acredita em inspiração? Quais foram as suas inspirações ao começar a escrever?
Acredito, sim. E, na minha opinião, ela pode vir de qualquer lugar. Eu sempre conto essa história, mas uma vez eu fui inspirado pela chuva acertando a janela do meu quarto. Foi o primeiro livro que publiquei, chamado A Chuva (conveniente, né?). Ele começa com a seguinte frase: “A chuva incessante caía na janela do bar”.

Para você, o que significa ser escritor?
Acho que ser escritor é mais do que, simplesmente, escrever. Ser escritor é ser um artista e, como tal, traz todas as responsabilidades e “obrigações” do fazer arte. Essas seriam: provocar, instigar, ensinar, questionar, representar, enfim. Toda arte tem uma função social e acho que nós, escritores, temos essa responsabilidade em nossas costas. Por mais que trilhemos os caminhos do surreal, no caso de nosso Clube de Autores de Fantasia, devemos discutir nossos contextos atuais, expor as realidades e criticá-las. Devemos fazer pensar. Sem isso, de nada vale o trabalho.

Qual livro que você leu esse ano e mais gostou e qual é seu livro de cabeceira no momento? E quais são seus livros preferidos?
O livro que mais gostei de ler esse ano foi iT, do mestre Stephen King. Ainda assim, tenho de citar alguns dos livros nacionais que li esse ano, com muito orgulho, e que adorei. São eles: Lobo de Rua, de Jana P. Bianchi; A Ilha dos Ossos, o segundo livro da série O Castelo das Águias, de Ana Lúcia Merege; A Liga dos Artesãos, o primeiro livro da série Alvores, de Lauro Kociuba. E o livro que estou lendo no momento é Limbo, do meu grande amigo Thiago d’Evecque. Quanto ao meu favorito de todos os tempos, é, sem dúvidas, A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak. E Não Sobrou Nenhum, de Agatha Christie, a série Fundação, de Isaac Asimov e a série O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams, também figuram no meu top 10.

Qual o melhor horário para ler na sua opinião? E qual seu lugar preferido para ler?
Eu costumo ler pela manhã, apesar de variar bastante, e prefiro fazê-lo em minha casa. Vez ou outra leio dentro do ônibus ou no banco, mas é mais difícil eu ler na rua; não me agrada muito. Acho que ler é uma situação mais intimista e detesto ser atrapalhado.

Tem algum hábito exclusivo de leitura?
Na verdade, não. Quando leio fico muito focado, é difícil eu fazer qualquer coisa mais do que sentar e ler.

Que sugestões você daria para os leitores do blog leitura Mania?
Para os que querem continuar apenas lendo: deem chance para os nacionais, se vocês já não o fizerem. Não falo nem por mim, exclusivamente, mas pelos escritores incríveis que conheço por conta do Clube de Autores de Fantasia, e pelos outros que ainda não tive a honra de conhecer. Já disse o nome de alguns aqui nessa entrevista, mas há outros. Muitos outros. Se eu fosse citar todos, nunca mais essa entrevista terminaria! Temos, hoje, trabalhos tão bons, ou até melhores, que os que vem de fora, já consagrados, por isso dê uma chance, você vai se surpreender. Para os que desejam ser (ou já são) escritores, dou a minha sugestão preferida: não desista de sonhar. Nunca. Seus sonhos fazem parte de você e te definem como pouca coisa consegue.

Possui algum livro ou conto publicado? Fale nos sobre eles.
Publiquei “A Chuva” pela editora Livro.Com, “O Quatro – Versão Negra” pela editora Delicatta e “Paenes Umbra” pelo Clube de Autores, de maneira independente. O primeiro é um romance policial que conta a história de um detetive que está investigando uma série de assassinatos cometidos por Dimitri, um psicopata que sempre deixa pistas propositais nos corpos das vítimas. “O Quatro – Versão Negra” é um livro que fala sobre a chegada dos quatro elementos ao nosso planeta. Eles são enviados por uma força superior (chamado, carinhosamente, de O Narrador) para exterminar a raça humana. Uma curiosidade sobre O Quatro – Versão Negra: estou reescrevendo o livro e pretendo publicá-lo no fim de 2015 na Amazon. “Paenes Umbra”, por sua vez, é um romance de contos de terror e narra a chegada de um homem a uma livraria abandonada. Lá dentro, ele conhece um senhor que, por alguma razão, começa a contar histórias assombrosas para ele. Quanto aos contos, tenho dois em meu perfil no Wattpad e mês passado um meu, chamado de A Casa do Prefeito, saiu na Trasgo #08, que tem a participação de escritores maravilhosos. Vale a compra!

Possui alguma página ou blog? Se sim nos fale o endereço dele e nos fale sobre ele.
Não, por enquanto só tenho meu perfil pessoal no facebook onde compartilho tudo sobre meus livros, músicas e peças das quais participo eventualmente. No entanto, podem dar uma olhada no meu perfil de Wattpad. Lá tenho alguns contos antigos colocados e, mais importante, os cinco primeiros capítulos de O Quatro – Versão Negra: bit.ly/oquatro

Uma pergunta que não fiz e que gostaria de responder?
Achei a entrevista bem completa, na verdade. Agradeço muito a abertura do espaço!

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